NOVA YORK - Logo após entrar na sala de embarque em Nova York, o empresário Eike Batista postou-se em um canto, ao lado de cadeiras vazias de engraxate, e não largou o celular. Até então, poucos dos presentes o notavam, uma vez que ele estava ocultado inclusive por uma pilastra com um chamativo letreiro do musical Chicago, que, ironicamente, passa no submundo do crime. O empresário embarcou às 21h45m deste domingo (0h45m no horário brasileiro de verão) para se entregar à polícia. Eike está no voo 973 da American Airlines, com pouso previsto para as 10h30m desta segunda-feira no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro.
Eike não usou a sala VIP e, mais tarde na entrevista, disse que não costuma fazê-lo. Após um tempo no corredor, começou a ser reconhecido, especialmente após ser abordado pela reportagem do GLOBO. As reações eram diversas. Eike posou para algumas selfies. Alguns passageiros o elogiavam e, embora dissessem não querer estar na pele dele, destacavam seu empreendedorismo. Outros o atacavam. Um chegou a zombar:
- E aí, vai tomar Catuaba Selvagem lá com teu colega Cabral?
Muitos brasileiros tiravam fotos à distância e um casal alertava antes do embarque para um grupo de jovens que queria entrar no avião bradando: "Uh, uh, uh, direto pra Bangu".
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